sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mães e Filhas...Filhas e Mães - NSC dia 04/05 - Homenagem a nossas mães!



Dia desses você esteve num umbral...deixando de ser filha, para se tornar mãe! colocando na mala dessa viagem: responsabilidades, amadurecimento, transformação...e tirando dessa bagagem que te trouxe até aqui: o ponto final da sua existência, a lua crescente para cheia (que consequentemente também transformou sua mãe de cheia a minguante)...o barco desancorando novamente para buscar novos horizontes.E assim damos sequencia a vida.Somos mães, e filhas.E queremos comemorar isso!
Dia 08/05 é dia das mães e queremos convidá-las a participar do Nascer Sorrindo dia 04/05, partilhando seus momentos de mãe, seus partos com nosso grupo.

Mamães, queremos ser filhas esse dia ( com direito a um colinho!!).Venham com a gente! AHá!

Hoje nasceu a Isadora!



Hoje a Isa veio ao mundo.Tão esperada e tão abençoada.Chiara se provou, tentou, relutou. Entrou em TP e teve certeza que sua filha estava pronta para vir ao mundo. Acontecimentos, então uma cesárea. Isa nasceu bem (dentro do possível), e saudável.
Abaixo uma carta que a Chiara nos enviou quarta feira dia 27/04. Linda, foi muito bom estar ao teu lado!
"Quero deixar aqui em algumas palavras o que estou realmente sentindo hoje, talvez entrando em trabalho de parto!!!
No grupo Nascer Sorrindo tive a oportunidade, durante meu processo gestacional, de resgatar o desejo de buscar informações sobre como minimizar o trauma do nascimento para minha filha e como sentir-me fortalecida e empoderada para dar conta do momento do parto normal. Este resgate e novos aprendizados se deram por trocas de experiência, por escutar pessoas que já passaram por esse processo e se dispuseram a partilhar. Ao mesmo tempo que foi delicioso poder integrar esse grupo, foi também dolorido. Porque? Quando nos informamos e nos damos conta de como pode ser um parto mais humanizado, feito com mais calma e delicadeza por parte dos envolvidos e nos deparamos com a realidade de  Caxias do Sul, isso gera uma angústia tremenda. Não existe ainda uma estrutura hospitalar ou de casas de parto que seja segura para se ganhar um bebê nestas condições.  Aqui em nossa cidade, a maioria dos partos são cirúrgicos e muitos profissionais da saúde ainda tem pouca escuta para mulheres que queiram estar mais ativas e participantes tanto na preparação para seu parto,  quanto no que diz respeito a clareza nas reais necessidades dos "procedimentos de rotina". A ciência deveria estar à serviço da saúde do bebê e da mulher e não do engessamento do processo de gestação e parto. Mas existem profissionais que estão disponíveis para repensar e oferecer uma escuta de qualidade às gestantes e seus desejos, e dentro do que é possível acolher esses desejos, de mães que querem apenas um nascimento mais suave e tranquilo para poder receber seus bebês com todo o amor."

Chiara Lorenzzetti Herrera



O Benjamin nasceu...Pascoalino!


Dia 24 de abril, domingo de Páscoa as 03:28 da manhã nasceu o Benjamin...em casa, na banheira trazendo junto de si, uma certeza...a beleza das coisas que acontecem com o amor e a paciencia. Silvana, rasgando seus medos, trazendo a tona seus conflitos internos, que se se transformaram em força e determinação. Suave e forte.Esse momento em que conhecemos esse estranho que nos habita é tão forte e tão ambíguo...uma única certeza...um vazio na barriga, e o poder tomando lugar dentro da gente....Salve lindo Benjamin, taurino puro, filho da felicidade (esse é o significado de seu nome!)...Bem vindo a Terra!

sábado, 9 de abril de 2011

Era uma vez : Fraldas...Penicos

Detalhes sobre o parto de Mariana, filha de Ana Maria Braga, que deu a luz a Joana dia 03/02/2011, em sua casa, juntamente com as fotos já pipocam por ai.Adorei a maneira como ela colocou que a mulher tem que estar preparada e focada nesse tipo de parto. Mas confesso que o que mais me chamou a atenção foi o assunto fraldas. As mamas do nosso grupo estão optando direto pelo uso das fraldas de pano. Trabalhoso sim, mas muito mais responsáveis. Porém ao detectar assaduras, Mariana adotou uma sistema, que nunca tinha ouvida falar: "elimination communication" ou "evacuation communication". Interessante! Isso nos mostra claramente quão inteligentes nascemos e como os bebês são subestimados. Ressaltando também a comunicação entre a mãe e o bebê que já acontece antes do nascimento.

Técnica ensina bebês de colo a "irem ao banheiro"
 

MARY PERSIA
Editora de Equilíbrio da Folha Online

Com seis semanas, Flora já começava a fazer o que algumas crianças perto do segundo ano de vida não conseguem. Sentada no troninho, fazia o "número dois" sob o olhar atento da mãe e dos irmãos. Hoje, aos seis meses, fraldas são coisa de seu breve passado.
A menina, que mora em Shoreline, Washington (EUA), foi treinada pela mãe, Nadine Martinez, 27, para a EC (sigla de "elimination communication", ou comunicação para evacuar). A técnica ensina crianças que sequer balbuciam suas primeiras sílabas a dar dicas de quando querem fazer cocô e xixi.
A EC é baseada na habilidade natural da criança de "avisar" quando precisa fazer suas necessidades. A técnica consiste em prestar atenção aos sinais e estabelecer um marcador (um chiado, por exemplo) que o bebê relacione ao ato de evacuar. A partir daí, segundo especialistas, a criança passa a entender que o marcador é um sinal verde para usar o banheiro.

Joseph, 3, Flora, então com 2 meses, e Madison, 7, filhos de Nadine; foto marca 1ª vez em que irmã pôs bebê no penico com sucesso
Joseph, 3, Flora, então com 2 meses, e Madison, 7, filhos de Nadine; foto marca 1ª vez em que irmã pôs bebê no penico com sucesso.Arquivo pessoal

Quando Flora nasceu, Nadine decidiu usar fraldas de pano --que voltaram a ganhar espaço nos Estados Unidos e Europa recentemente. Mas, cansada do trabalho de lavá-las, procurou uma alternativa e passou a treiná-la para a EC, sob orientação da Diaper Free Baby, entidade com base em Massachusetts (EUA).
"Já tinha ouvido falar disso, mas a idéia parecia ridícula. Só depois de ir a um encontro da ONG é que entendi o conceito", diz a mãe.
Com seis semanas, Flora já usava o penico, mas incidentes ocorriam com freqüência. Um mês depois, as fezes já não "escapavam" e quase todas as urinações estavam sob controle.
"No começo, tirei as fraldas e mantive uma manta sob o bumbum. Eu ficava alerta para os sinais de que ela queria evacuar, e percebi que ela fazia um ruído e se contorcia, além de empurrar as pernas para cima", relata. "Passei então a erguê-la sobre um penico e fazer um barulho, um 'psss'."
Segundo a mãe, Flora pareceu entender o que deveria fazer quando ouvia o chiado --mesmo quando era alarme falso. "Se eu me enganasse e a colocasse no penico sem necessidade, ela fazia sons e tentava evacuar. Ficava maravilhada quando via aquilo."
Segundo os defensores da idéia, não é necessário dedicar-se à EC em tempo integral. Mesmo treinamentos ocasionais podem ser eficazes. "Tenho três filhos, e tanto eu quanto meu marido trabalhamos fora", ressalta Nadine.
Técnica ancestral
Ingrid Bauer, autora do livro "Diaper Free - The Gentle Wisdom of Natural Infant Hygiene" ("Sem Fraldas - A Sabedoria da Higiene Infantil Natural"), afirma que, quando o treinamento começa antes dos seis meses de vida, os resultados aparecem mais facilmente. Segundo ela, a técnica é ancestral e bastante usada na Ásia, África e em algumas regiões da América do Sul.
Linda Sonna, outra especialista em IPT ("infant potty training", treino para usar o penico, conceito vinculado à EC), afirma que o uso massivo e contínuo de fraldas não passa de um mau hábito estabelecido pela indústria de produtos infantis. "Adiar [o uso do penico] tem sido muito bom para as empresas. A verdade sobre essa habilidade dos bebês deve ser um dos segredos mais bem-guardados dos Estados Unidos", defende a psicóloga.
Assim como a amamentação --no passado considerada algo natural, décadas atrás preterida e atualmente de volta às rodas de discussões maternas--, a técnica representa uma volta ao passado. Laurie Boucke, que já lançou livros e DVDs sobre o assunto, afirma que, antigamente, os bebês eram enfaixados com tecidos que também tinham a função de conter suas fezes. No século 19, "quando higiene se tornou uma virtude", as crianças passaram a ser erguidas sobre o penico até aprenderem a utilizá-lo.
Mas há controvérsias quanto à eficácia e aos benefícios dessa prática. Segundo a Academia Americana de Pediatria, crianças com menos de um ano não têm controle dos músculos da bexiga e dos intestinos. Psicólogos contrários à idéia também afirmam que se trata de mais uma tentativa de "adultizar" os bebês. Ainda não foi relatado, porém, nenhum caso de dano físico ou emocional relacionado à prática da EC.
"Não podemos imaginar nossa vida sem isso", diz Nadine. "No futuro, começaremos a praticar a partir do nascimento."