quarta-feira, 5 de outubro de 2011

NSC X - 2011


Nascer Sorrindo Caxias  - 08/10/2011-  Sábado
Das 10h as 12h
Compasso Escola de Dança

Esperamos todas e todos com muito amor, histórias e informações!

Mapa partindo da Praça Dante

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O tal empoderamento...




Outro dia, uma conhecida me pediu um artigo científico para convencer uma mãe a desistir de uma cesárea eletiva. Disse a ela que nenhuma informação poderia convencer ninguém de nada, que ela já havia decidido o rumo desta gestação.
É bem verdade que a imprensa tradicional é bem tendenciosa em relação à cesárea. Por que ela é realmente mais segura? Por que somos loucas que tentamos a qualquer preço um exercício biológico do corpo em um parto natural?
Não. A resposta é porque a mídia é patrocinada por órgãos, por laboratórios que se beneficiam com as cesáreas eletivas. Laboratórios, empresas ligadas a área médica também financiam a pesquisa de novos equipamentos e fármacos eficientes para alivio da dor, fios para cicatrização etc. E profissionais são convidados para congressos cheios de mimos para conhecerem os benefícios destas descobertas. Como abrir mão de tudo isso, deixando no armário a possibilidade de “fazer um parto”, para ser apenas coadjuvante de um nascimento?
De certa forma o protagonismo médico é confortável. Não exige grandes mudanças, revoluções, questionamentos. Basta ir a todas as consultas de pré natal, vibrar com os ultrassons, achar o médico o máximo por ter o equipamento no consultório, seguir suas orientações. No lugar do parto apenas uma cirurgia que trará seus filhos para seus braços, passivamente. Que importa se feita com 37 semanas? O médico com seus aparelhos mágicos sabe a hora que o bebê está pronto. Afinal, me ensinaram a ser uma menina comportada: não fazer perguntas indiscretas e principalmente, respeitar o médico (ou o pai ou Deus).
E existe conforto em tudo isso: muitas pessoas fizeram esse mesmo caminho. Para que procurar um médico fora do plano de saúde? Para que abrir mão dos benefícios de uma anestesia ou mesmo da cirurgia?
Não adianta: sementes só nascem em solos férteis. O que fertiliza esse solo? A vida, as experiências anteriores deste ser humano.
Muito se fala de empoderamento. O que é essa palavra? Assumir o protagonismo das próprias escolhas. A maternidade é um momento em que esse chamado se torna mais claro. Afinal é no momento que nos tornamos mãe que deixamos a história da filha para trás para escrever nosso capítulo como força feminina criadora daquela nova família.
O empoderamento se dá muito antes, quando decidimos não seguir a religião dos nossos pais, quando escolhemos a faculdade que é nossa vocação e não a tradição da família, quando adotamos a homeopatia no lugar da alopatia, quando resolvemos viajar sozinha pelo mundo.
O protagonismo é a capacidade de fazer escolhas baseadas, não no medo de não conseguir, não na crença de modelos estabelecidos e difundidos pela mídia, mas pela nossa capacidade de pensar e agir de acordo com nossas crnças.
Não adianta com artigo convencer uma mãe que ela deve ter um parto. Ela ainda está na tutela do médico, da família, da mídia que a faz acreditar que ela escolheu, quando de fato ela se trata de um marionete na mão de poderosos títeres.
Cortar os fios não é fácil. Ser títere da própria vida é solitário e pioneiro. Existem poucas referências por perto. Sair da matrix é difícil em todos os sentidos. Nunca olharemos para uma tinta de cabelo com a mesma inconsciência, nem uma vitamina artificial como inofensiva. Empoderar-se é entender como as coisas funcionam. Não adianta um texto, uma palestra para mostrar que suas escolhas estão inadequadas.
Empoderamento ou você tem ou você não tem. E não quer dizer que a mulher que teve uma cesárea não é empoderada. Conheço muitas mulheres que assumiram o poder interior e vivenciaram uma cirurgia. E um monte de mulheres que nunca assumiram o protagonismo da própria vida que tiveram partos naturais na água.
O empoderamento está na vida, em cada atitude desta mulher. Esse poder pode ser forte, como um tufão, ou sereno e leve como uma brisa. E não por acaso,  essas mulheres se aglomeram em diversidade para lançar sementes para que outras mulheres, em seus solos já férteis, gestem o poder interior e cortem os fios e assumam o controle de suas próprias escolhas.

Fonte:http://www.blogmamiferas.com.br/

Versão cefálica externa, ele pode virar, SIM!

Bebê pélvico:

a tão esperada cambalhota

No final da gravidez o ultrassom mostra o bebê sentado dentro do útero. Surge a expectativa de que ele logo vire de cabeça para baixo. O tempo passa… E nada! Hora de perder a esperança de um parto normal? A resposta é não. Uma manobra simples pode ajudá-lo a mudar de posição.

Por Luciana Benatti

A notícia veio como uma ducha de água fria. Com 36 semanas de gravidez, acreditando que a bolsa tinha rompido, Letícia procurou o hospital, onde fez um ultrassom. A suspeita não se confirmou, mas ela descobriu que sua filha Helena estava na posição pélvica, ou seja, sentada. Surpreendida pela novidade, Letícia manteve o otimismo e nem pensou em abandonar os planos de um parto natural: “Eu não queria uma cesárea”.
Quando se trata do primeiro filho, caso de Letícia, o fato de o bebê estar pélvico é indicação de cesariana. Sabendo disso, ela tentou de tudo para ajudar sua filha a virar: exercícios, moxabustão (técnica da medicina tradicional chinesa) e acupuntura. Sem resultado. “Minha sensação era de que ela estava tentando virar e não conseguia”, recorda. Por fim, seguindo a sugestão de sua doula, resolveu tentar a , manobra obstétrica sobre a qual já havia lido na internet e ouvido falar em grupos de discussão de grávidas na internet.
Nesse procedimento, realizado com anestesia no hospital – ou, numa versão mais “light”, no próprio consultório – o médico usa as mãos para empurrar suavemente o bebê por fora da barriga da mãe. O maior risco é um descolamento de placenta, o que exigiria uma cesárea imediata. A manobra também pode estimular o trabalho de parto, por isso só é feita depois de 37 semanas, quando o bebê já está a termo, ou seja, não correria o risco de nascer prematuro.
Depois de pesar os prós e contras, Letícia achou que valia a pena tentar. Acompanhada da irmã mais nova, estudante de medicina, chegou um pouco apreensiva ao consultório da obstetra Andrea Campos. “Fui sem nutrir muita esperança e com medo de que fosse uma coisa violenta com o nenê”, confessa. Um ultrassom feito duas horas antes confirmara a posição do bebê e que as condições para a realização da manobra eram favoráveis: havia boa quantidade de líquido amniótico e nenhuma circular de cordão – o popular cordão enrolado no pescoço – que aumenta os riscos da manobra.
Para ajudar, além de ficar bem relaxada durante o procedimento, a mãe pode beber muita água nos dias anteriores. Isso aumenta a quantidade de líquido amniótico e consequentemente a mobilidade do bebê dentro da barriga da mãe.
A irmã de Letícia ajudou a segurar o bumbum da sobrinha enquanto a médica gentilmente empurrava sua cabecinha. Presenciou um momento raro. “Senti um desconforto na pele, com aquele puxa para lá e para cá, e percebi quando as perninhas passaram. Assim que virou, a sensação foi de alívio. Achei que seria mais difícil”, relata Letícia. A doula, que também estava presente, ajudou com acupuntura. O temor de que o procedimento fosse invasivo não se confirmou: “É muito sossegado e carinhoso com o bebê.”
Embora seja recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que a considera uma manobra segura, eficiente, de baixo custo e que ajuda a reduzir os riscos do parto normal pélvico e da cesárea, a versão cefálica externa é um procedimento em extinção no Brasil: não é ensinado aos futuros médicos durante na faculdade e nem na residência em obstetrícia. O motivo é um só: falta de interesse. Num país onde tudo é motivo para a cesárea – incluindo razões sem qualquer respaldo na medicina, como a violência e o trânsito nas grandes cidades – o bebê estar em posição pélvica acaba sendo uma boa justificativa para marcar a cirurgia.
A obstetra Andrea Campos aprendeu a virar bebês com o colega Jorge Kuhn, que por sua vez se familiarizou com a técnica durante uma temporada de estudo e trabalho num hospital da Alemanha, país em que esta e outras técnicas para evitar a cesárea são muito difundidas.
Desde 2005, quando realizou pela primeira vez, junto com Kuhn, uma bem sucedida versão cefálica externa no hospital, Andrea já realizou a manobra em 21 gestantes, sendo 13 delas no consultório, uma versão mais suave, digamos assim, da manobra. “É preciso sentir a posição do bebê. Se ele quiser virar, se estiver fácil, dou apenas uma guiada. Caso contrário, deve ser feita no hospital”, explica Andrea. Durante o procedimento, o coração do bebê é monitorado de tempos em tempos. “Às vezes cai um pouquinho a frequência cardíaca, mas logo se recupera. Se isso não acontecer, é preciso fazer a cesárea. Por isso, no consultório, se a frequência cair, nem tento a versão.” Os resultados em consultório têm sido animadores. De março de 2010 até hoje (11 de julho de 2011), dos 13 casos em que Andrea tentou a versão cefálica externa, em 11 obteve sucesso. Dos 11 bebês que viraram com a ajuda da obstetra, nove nasceram de parto normal e dois ainda não haviam nascido até o fechamento desta reportagem. Nos dois casos em que não houve sucesso, um bebê nasceu de cesárea e o outro continuava pélvico (e seus pais, esperançosos) enquanto estas linhas eram escritas.
“Existe uma ideia de que, se o bebê está pélvico, a única opção é a cesárea. As mulheres precisam saber que a versão cefálica existe e é possível’, diz Letícia, que graças a essa alternativa tão pouco conhecida e praticada no Brasil conseguiu realizar seu desejo de um parto normal: Helena nasceu num lindo parto na água.

Fonte:http://casamoara.com.br/a-tao-esperada-cambalhota/#more-1240

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Parto tecnológico: um show de horrores!



Uma fêmea de mamífero, quando prestes a parir, geralmente se isola, procura um lugar tranquilo, silencioso e de pouca luz. Nesse ambiente, o parto se dá de forma natural. Mas, o que ocorre com as fêmeas da espécie humana? Lamentavelmente, o parto tecnológico, em ambiente hospitalar, barulhento, frio, bem iluminado e geralmente como resultado de um parto cesáreo (previamente agendado). Imagino como as crianças são muito mal recebidas neste mundo. De repente, todo o oposto da segurança e quietude uterinas irrompem em poucos segundos. É um choque inimaginável. Parturientes dopadas, médicos apressados, pais fotógrafos / cinegrafistas, sondas no nariz, aquecedores artificiais, gente estranha, bactérias superpoderosas e... nada da mãe, dormindo ou cheia de dor. 
 
O primeiro vínculo do ser é o ventre materno. O estresse, a alimentação e as emoções atuam diretamente no feto. Para seu bem ou não. O segundo vínculo inicia-se no parto e vai até os três meses de vida, no qual a relação de intimidade e proximidade entre mãe e recém-nascido (RN) é fundamental pelo resto da vida. Não é à toa que os peitos ficam em uma localização tal que, quando mamando, a criança fica a a 10 ou 15 cm do rosto da mãe. Isso tem uma razão de ser: o RN reconhece apenas rostos que estão suficientemente pertos. A proximidade é fundamental, particularmente no momento da amamentação, instante de troca emocional e doação amorosa, além da nutrição completa do corpo. Há outros vínculos mais, com ambiente familiar, social, emocional e intelectual, que serão abordados posteriormente.
 
Não me espanta o número de mulheres que chegam às maternidades e não têm mais dilatação do colo uterino, "impedindo" o parto vaginal. É o parto tecnológico, o ambiente hospitalar (fisica e emocionalmente inadequado) e a programação mental a qual as futuras mamães são cruelmente submetidas durante o pré-natal que fazem isso. Aí, então, tome cesariana. E tome anestésico. E tome analgésico. E tome soro. E tome curativo. E tome criança separada da mãe. E tome mamadeira. E tome um show de horrores! Depois, a grande desculpa: os peitos secaram, não têm leite, estão rachados, inflamados, infectados. Não me admira que falte leite, diante dessa sequência absolutamente antinatural de gestar e dar a luz. Ou será que que as mamães têm medo que suas mamas despenquem ao oferecer seu leite ao seu rebento? Precisamos voltar à natureza, sábia demais, pois gestação e parto bem conduzidos e naturais (o máximo possível) podem ser a diferença entre um ser humano futuramente equilibrado ou inadequado pelo resto vida.
 
Carlos Bayma
Urologista em Pernambuco

Nascer Sorrindo Caxias - IX 2011

Pregnancy. Alex Grey

Nosso Encontro desse mês...OBA!

Será dia 07/09/2011 - Quarta feira
Das 14h as 16h
Local: Compasso Escola de Dança - Rua Olavo Bilac, 624.
Aquela rua em frente a Padaria Rio Branco, na Av. Rio Branco.
É uma casa com uma cerca viva na frente.
Qualquer dúvida, me liguem!






Abertura do 1° Centro de Parto Normal da Rede Cegonha - Mansão do Caminho, em Salvador/BA

 
 
Era apenas oito da manhã, mas a atividade já era intensa na estreita e longa rua São Marcos, no bairro popular de Pau da Lima, em Salvador. Apesar de ter transitado por essas bandas já algumas vezes, neste particular dia senti a nítida lembrança das ruas do Cairo no Egito, uma das cidades mais populosas do mundo, onde pessoas moram até nos cemitérios. A mesma intensidade urbana, o fluxo de carros, ônibus e micro-ônibus, os prédios inacabados para sempre, a sujeira que nunca mais irá embora, os becos abrindo perspectivas sobre favelas enchendo o horizonte. E as pessoas... a vida pulsando, a luta pela sobrevivência, a cada minuto, acreditando que amanhã talvez o futuro será melhor, mesmo aqui, no cúmulo do caos urbano, triste exemplo do abandono e da descaracterização do espaço público. De repente, uma longa parede e um portão azul claro. Um outro mundo se abre. Paz e Harmonia. Na Mansão do Caminho, Centro Espírita fundado em 1954 pelo médium Divaldo Franco, reina o verde profundo das árvores, as cores dos jardins e os cantos dos pássaros. A creche, escola, lar de idosos, biblioteca, centro de saúde e outras instalações, todas impecáveis, que atendem benevolamente as comunidades locais, juntam-se a um prédio novo, plantado numa colina: o tão esperado Centro de Parto Normal Marieta de Souza Pereira, o primeiro na Bahia e o primeiro do Brasil a integrar o programa federal Rede Cegonha*.
Nesta sexta-feira, dia 26 de Agosto de 2011, o Centro de Parto Normal (CPN) foi inaugurado na presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do governador Jaques Wagner, do secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, do fundador da Mansão do Caminho, Divaldo Franco, e dos voluntários da instituição.
O CPN foi inicialmente uma iniciativa da Mansão do Caminho, sendo a construção financiada exclusivamente por doações de entidades e doadores particulares do Brasil e afora. Já os equipamentos foram custeados pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia e pelo Ministério da Saúde. A finalização das instalações do CPN Marieta de Souza Pereira coincidiu com o lançamento do Programa Federal Rede Cegonha, que pretende mudar o modelo assistencial durante o período perinatal. Dos 25 Centros de Parto Normal que já existem no Brasil, o CPN Marieta de Souza Pereira foi o primeiro que se mobilizou. O contexto favorável permitiu formar uma boa parceria entre o governo do Estado e o governo Federal, alocando um financiamento diferenciado para o CPN, que receberá a partir de agora custeio mensal de R$ 80 mil mais R$ 50 mil para o pré-natal (ambulatório), além de outros incentivos. Sendo o primeiro Centro da Rede Cegonha a entrar em operação, espera-se que ele servirá como exemplo e centro de treinamento para outros profissionais. Os outros 25 CPN´s do Brasil passarão a ser custeados pelo Ministério da Saúde após formulação do Plano de Ação da Rede Cegonha regional.
Segundo o Ministério da Saúde, "o CPN tem o objetivo de humanizar o momento do nascimento da criança, oferecendo as gestantes um ambiente com maior privacidade". No CPN Marieta de Souza Pereira são seis quartos de PPP (pré-parto, parto, pós-parto), sendo um dos quartos de PPP equipado com uma banheira, todos com maca de PPP, amplo banheiro privativo com água quente, cuba para dar banho no recém-nascido, além dos equipamentos previstos pela Lei**. Enfermeiras obstétricas e obstetras irão trabalhar em parceria, sendo duas enfermeiras e um obstetra por plantão, além de doulas voluntárias ainda a serem treinadas. Segundo a Dra. Marilena Pereira Souza, Coordenadora Médica do CPN que acompanha o projeto desde o início, a intenção é de resgatar todo o potencial das enfermeiras obstétricas, colocando-as no 1° lugar, ao contrário do modelo atual de assistência onde prevalece o médico. As enfermeiras que irão atuar no CPN Marieta de Souza Pereira já são experientes e receberam 15 dias de treinamento no Hospital Sofia Feldman em Belo Horizonte, referência em termos de humanização do parto e nascimento. O treinamento incluiu também formação em reanimação neonatal.
São previstos uma média de 120 partos por mês. Como o CPN Marieta de Souza Pereira é credenciado pelo SUS, ele acolherá gestantes que tenham feito pelo menos dois atendimentos pré-natais pelo SUS e cuja gravidez é de baixo risco. Estava presente também no dia da inauguração a equipe técnica da prefeitura de Lauro de Freitas (Grande Salvador), que já planeja a construção do próximo Centro de Parto Normal da região. O secretário da Saúde da Bahia destacou que “144 municípios que possuem hospitais de pequeno porte serão beneficiados com a nova política. Estes hospitais terão R$ 3 mil por mês para estar obrigatoriamente realizando a atenção ao parto normal e ao primeiro atendimento de urgência e emergência”.
Como ressaltou o governador Jacques Wagner durante a inauguração, “A Mansão do Caminho é um espaço privilegiado, carregado de energia positiva pelos trabalhos que já são feitos aqui”. Ao ver o primeiro Centro de Parto Normal da Rede Cegonha sendo inaugurado neste lugar singelo (no melhor sentido da palavra) me deu um gosto de esperança no qual às vezes nem acreditava mais. Tinha lá algo muito simbólico, tanto pelo fato de ser na Bahia, um dos estados com os piores indicadores de morte materna no Brasil, como pelo fato de acontecer no seio de uma instituição que, segundo o próprio Divaldo Franco é em si mesma “um testemunho de que o amor vive no coração da criatura humana e de que nós, dentro de nossa relatividade, amamos, procurando converter em ações as manifestações que existem em nós (…)”. Valeu sonhar alto!
 
 



*O programa Rede Cegonha é composto por um conjunto de medidas para garantir a todas as brasileiras, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento adequado, seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê. As medidas previstas na Rede Cegonha – coordenadas pelo Ministério da Saúde e executadas pelos Estados e Municípios, que deverão aderir às medidas – abrangem a assistência obstétrica, com foco na gravidez, no parto e pós-parto como também na assistência infantil.
O Governo Federal está implantando o Rede Cegonha inicialmente na região Amazônica e no Nordeste, onde existem os piores indicadores de morte materna no Brasil, para depois estender o Programa para o resto do Brasil. Segundo a superintendente Estadual da Assistência Integral à Saúde do Estado da Bahia (Sais), Gisele Santana, “Na Bahia, estamos começando com as quatro regiões em que os indicadores são piores: Região Metropolitana de Salvador; região Sul, região Norte e Centro-norte. A previsão é que a Rede esteja implantada em todo o Estado até 2014”.
** Portaria nº 985, de 5 de agosto de 1999.
Fontes:
- Supervisão de Gestão do Sistema e Regulação da Atenção á Saúde do Estado da Bahia
Mais sobre a Rede Cegonha:
_Fotos de Anne Sobotta. O crédito da foto de um painel é de Alice Ramos_
 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

E aí doutor? - Perguntas que devem ser feitas...


Fazer estas perguntas vai dar uma idéia da postura do seu médico com relação ao parto normal

Você acha que parto normal e cesárea dão na mesma? É a favor do parto normal? Por que motivos você faria uma cesárea em mim?
Deixe-o falar, expor seus métodos e as razões que o levariam a uma cesárea. Se não ficar satisfeita com a resposta, cheque com a secretária, como quem não quer nada, quais são as taxas de parto normal e de cesárea da clínica. Converse também com outras pacientes. Karolina Moreira, mãe de Eduardo, de 2 meses, aproveitou a sala de espera para falar com as mães que iriam tirar os pontos. Resolveu trocar de médico.

Qual é a sua taxa de partos normais? Quantos você fez este ano? Quanto tempo durou o mais demorado?
O ideal é que o médico não titubeie e conte pelo menos um caso em que esperou o parto acontecer, mesmo que demorado. Estranhe se, durante seu pré-natal, ele nunca desmarcar uma consulta por causa de um parto.

Quanto tempo você espera depois da quadragésima semana de gestação?
Se a resposta for: "Nem um dia, é perigoso!", ou algo próximo disso, desconfie. Se o bebê estiver bem e a mãe idem, esperar 42 semanas é normal.

Quais são os procedimentos que você usa na hora do parto?
Alguns médicos costumam aplicar soro com ocitocina ou romper a bolsa para acelerar as contrações logo no início do trabalho. Muitos também fazem, de rotina, um corte no períneo (episiotomia), sem avaliar se isso é realmente necessário. São indicações de que o profissional não tem paciência para esperar o parto desenvolver-se normalmente.

Vou ter liberdade para escolher a posição na qual me sinta mais confortável durante o trabalho de parto ou terei de passar o tempo todo na cama?
Deitar de costas, com as pernas para o alto é bastante dolorido. Além do mais, essa posição faz com que o peso do útero comprima vasos sanguíneos localizados nas costas, o que pode provocar falta de ar na mãe e de oxigenação para o bebê. O ideal é que o obstetra dê direito de escolha à gestante. Muitas preferem caminhar, sentar ou ficar de cócoras nas contrações.

Gostaria de fazer um plano de parto, deixando claro o que eu quero que aconteça. Você me ajudaria a elaborá-lo, assinaria esse documento, também me indicaria leituras?
O médico deve incentivar a mulher a tomar pé da situação. Afinal, o parto é dela. "Meu primeiro médico dava muitas explicações técnicas e eu não entendia nada. O que fez meu parto falava em bom português", diz Karolina. Para um profissional favorável ao parto normal, quanto mais a paciente souber o que vai se passar, melhor. O plano de parto vai comprometer seu médico.

Consultores: Dulce Amabis, psicoterapeuta especializada em preparação para parto natural; Andréa S. de Q. Campos, ginecologista e obstetra; e Ana Cris Duarte, bióloga e doula

quinta-feira, 28 de julho de 2011

NSC VIII/2011 - Aromaterapia na gestação e para o bebê



Nosso encontro deste mês terá a participação especial da aromaterapeuta Bernardete Primieri Carelli, falando sobre óleos essencias e suas aplicações.

Durante a gravidez a Aromaterapia pode ser utilizada de diversas maneiras para prevenir e amenizar os desconfortos, comuns neste período. Dores nas costas, náuseas, insônia, constipação, inchaços entre outros podem ser tratados com a Aromaterapia na gravidez que auxilia também nas questões emocionais como ansiedade, medos e ainda na cicatrização no pós-parto e na amamentação .


Banhos, Massagens, Inalações, Escalda pés, Compressas, Óleos e Loções corporais e faciais, Hidrolatos ou spray e Cosméticos em geral são as aplicações da Aromaterapia. Óleos vegetais de sementes como o de semente de uva, abacate, gérmen de trigo, amêndoas ou de flores como o de calêndula são óleos carreadores que servem de veículo para os essenciais em algumas aplicações.

Os óleos minerais, derivados de petróleo e os quimicamente tratados são contra indicados para Aromaterapia e para sua aplicação em gestantes e bebês.

A aplicação dos óleos e seus procedimentos devem ser feitos de acordo com orientação profissional, levando sempre em conta as condições físicas do paciente, seu temperamento, ambiente e até possíveis alergias e gostos.A Aromaterapia utiliza os óleos essências, substancia extraída de diversas partes das plantas e de maneira especifica em cada tipo de extração. Os óleos essenciais são óleos aromáticos, voláteis e com propriedades curativas e terapêuticas.



DIA 06/08 - SÁBADO - DAS 10H AS 12H
LOCAL: Lótus Terapias Complementares
Rua 20 de Setembro, 3008
Bairro São Pelegrino

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Nascer Sorrindo Caxias VII - 2011



Nosso próximo encontro será dia 16/07 Sábado, das 10h as 12h.
O endereço é Rua Os 18 do Forte 1296. Esquina com a Guia Lopes.
Em frente ao Comércio de Bijuterias Nordeste.
O fone de contato é 81298292.
Papais também são bem vindos.
Esperamos vocês!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

ORGASMIC BIRTH EM CAXIAS!


Dar a luz parece quase sinônimo de dor e sacrifício. Mas quem acha que é impossível sentir prazer ao parir, e até mesmo ter orgasmo nessa hora, é bom conferir o documentário "Orgasmic Birth" . O filme acompanha de perto 11 mulheres que, num trabalho de dar a luz o mais natural possível, gemem, beijam, riem e até gozam. E traz também depoimento de vários especialistas no assunto, médicos e parteiras. O obstetra Ricardo Jones,  integrante de redes internacionais pela humanização do parto, é um dos consultores que  integram o documentário. No artigo que se segue, de sua autoria e que faz parte do site do filme, ele explica que, durante o trabalho de parto, as mulheres liberam ocitocina, o mesmo hormônio produzido durante a relação sexual. Então, por este e outros tantos motivos, qualquer mulher, dadas as condições de intimidade, privacidade, carinho e respeito, pode ter um parto empoderador e orgásmico. Que segredo bem guardado este!

Parto orgásmico não só é possível como é muito mais comum do que parece. O debate pode ser recente, mas a possibilidade de se encarar o parto como um evento pleno de prazer é tão antiga quanto a própria humanidade. Inicialmente, é importante definir do que se trata parto orgásmico, e para tanto inicio explicando o que ele NÃO é. Parto orgásmico NÃO é uma técnica ou um método. Parto orgásmico NÃO é uma moda, uma "new fashion", uma onda. Parto orgásmico NÃO é um produto, algo que se compra ou adquire. Parto orgásmico é um mergulho profundo no ser feminino. É a descoberta do prazer de parir; o segredo mais bem guardado, no dizer da parteira americana Ina May Gaskin. O parto orgásmico é uma possibilidade para qualquer mulher desde que possa se despir das capas de medo criadas pela cultura patriarcal que tenta dominar a força criativa da mulher, culpabilizando-lhe o prazer e domesticando o feminino. Entretanto, as conquistas recentes neste campo abriram as portas para a discussão da sexualidade da "nova mulher pós-pílula" e, como consequência, emergiu o debate do parto como parte da vida sexual de qualquer mulher. A partir deste momento, em meados dos anos 80, inúmeros pesquisadores se entregaram ao estudo das características psicológicas, afetivas, emocionais e hormonais relativas ao nascimento e se depararam com constatações no mínimo inquietantes: havia uma similaridade impressionante entre parto e atividade sexual em todos os aspectos analisados. A mesma perda cognitiva, o mesmo apagamento neocortical, a mesma necessidade de privacidade, a mesma confluência circulatória para os genitais e os mesmos hormônios envolvidos.

Algo além do corpo - A ocitocina surgia como o hormônio-chave para a compreensão do fenômeno do parto. Michel Odent, médico francês radicado em Londres o chama de "o hormônio do amor", porque está presente sempre que um momento amoroso se expressa, como no parto e no encontro sexual. Além disso, seu hormônio oposto, a adrenalina, fundamental para o orgasmo, é o mesmo hormônio implicado no reflexo de ejeção do bebê. Fácil fica, para qualquer observador perspicaz, que existe um claro paralelismo entre os eventos do parto e os do sexo, fazendo-nos enxergar pela primeira vez o nascimento inserido nas forças sexuais de uma mulher. Mas tão logo percebemos a sexualidade escondida por detrás dos eventos que cercavam o nascimento, ficou-nos claro que as repercussões desta "nova" visão do nascimento só poderiam ser dramáticas. Já não seria possível encarar o parto como um evento biológico, artificialmente controlado em função das variáveis mecanicistas que são ensinadas na escola médica: feto, percurso e força contrátil. Haveria que se modificar totalmente a percepção do evento que passaria dos domínios do profano para o âmbito do sagrado. Através desta maneira radical de compreensão, tornava-se muito difícil continuar a entender o nascimento humano de uma forma mecanicista, pela evidência inequívoca de que a sexualidade extrapola claramente os limites da corporalidade. Tanto quanto no sexo, existe muito mais no nascimento humano do que o que se pode encontrar no corpo e suas medidas. Assim sendo, abria-se automaticamente uma nova dimensão no nascimento, qual seja, a indissociabilidade das emoções e sentimentos ao lado dos eventos mecânicos já conhecidos. Ficou evidente que muitas mulheres falhavam em ter seus filhos de uma forma mais natural porque algo além do corpo as impedia. Passamos a entender também que a própria sensação dolorosa estava nitidamente ligada à maneira como tais mulheres "sentiam" o parto, na integralidade dos processos participantes. Elementos muito mais sutis (mas não menos poderosos) do que as células, tecidos e órgãos atuam durante a prática sexual e o trabalho de parto. Caberia a nós, assistentes do nascimento, descobrir onde estavam estas outras "forças ocultas" que, assim como no sexo, alojavam-se em um estrato diferente da nossa consciência superficial. Desta forma, a sexualidade, o prazer e o orgasmo entravam no discurso de um pequeno grupo de profissionais que percebiam a possibilidade que as mulheres tinham de acessar estas sensações desde que específicas condições ambientais pudessem ser criadas. Tais condições nada têm de complexas, dispendiosas ou caras: trata-se de oferecer-lhes dignidade, privacidade, cuidado respeitoso e carinho. Praticamente as mesmas necessidades que qualquer mulher procura para um encontro de amor. O orgasmo durante o trabalho de parto pode ter um potente efeito relaxante para a mulher. Algumas mulheres que tiveram orgasmos durante o processo relatam que isso lhes ofereceu um "input" incrementado de ocitocina. Tal influxo hormonal produziu - aparte de uma profunda sensação de bem estar - a normalização da contratilidade uterina. Entretanto, um orgasmo durante o trabalho de parto não é algo que se busca; não pode ser o foco objetivo deste evento ou algo a ser conscientemente alcançado. Por outro lado, ele pode ocorrer naturalmente quando a mulher, livre dos preconceitos e liberta das amarras do modelo que criminaliza a sexualidade feminina, se permite sentir as sensações que seu próprio corpo lhe oferece.

Mas qual a vantagem de ter parto orgásmico? - Que diferença positiva isso poderia produzir na vida de uma mulher ou um bebê? A este questionamento pode-se responder com uma pergunta: qual a vantagem de uma relação sexual prazerosa, com quem se ama, e que termina com um orgasmo? Um parto orgásmico é essencialmente um direito que cada mulher possui, mas para que um parto com este nível de arrebatamento sexual possa ocorrer é necessário que os profissionais que prestam assistência possam oferecer as condições para que tal ocorra. Se entendermos que as condições para que um parto seja orgásmico são as mesmas para oferecer tranquilidade e harmonia durante o trabalho de parto, estaremos oferecendo às parturientes uma diminuição do stress e da ansiedade, com uma consequente quebra do círculo adrenalínico de medo-tensão-dor, descrito há décadas por Grantly Dick-Read como o principal complicador do processo de nascimento. O orgasmo durante o nascimento só pode ocorrer quando todas as variáveis de segurança, afeto, tranquilidade e equilíbrio emocional estiverem garantidas. Desta forma, o orgasmo será a consequência deste ambiente de positividade, e não sua busca objetiva. Fica claro para qualquer bom entendedor que este tema não se presta à realização de cursos e "workshops". Como dito anteriormente, parto orgásmico NÃO é uma técnica, um método o uma moda para mulheres burguesas que podem pagar por uma experiência diferente. Parto orgásmico é uma evidência empírica presente na experiência de inúmeros atendentes de parto e milhares de mulheres. A princípio, tal questão assustou alguns profissionais mas depois os instigou a se perguntarem o "porquê" de algumas mulheres o atingirem, enquanto tantas outras apenas tratavam do parto como um evento cercado de medo e dor. Portanto, não se trata de fazer "cursos para partos orgásmicos", da mesma forma que não se ensina a uma mulher, através de aulas teóricas ou cursos, como atingir um orgasmo. É algo de sua experiência íntima, pessoal, assim como de sua história de vida. Os aspectos sexuais do nascimento são pesquisados por grupos em muitas partes do mundo, principalmente no Primal Health Institute, dirigido pelo médico francês Michel Odent. Entretanto, a oficialidade médica obstétrica nega as dimensões sexuais do parto de maneira veemente. Tal negativa é fácil de entender, porque no meio acadêmico tradicional tal reconhecimento causa mal estar. Como questionar os pilares positivistas de nossa sociedade colocando o nascimento no mesmo patamar da sexualidade, com todos os seus tabus e mistérios? Como alçar o nascimento humano a esta posição sem, ao mesmo tempo, e inexoravelmente, colocar a mulher e o feminino em evidência, pois que estes fenômenos ocorrem na intimidade de seus corpos? A proposta se mostra tremendamente complexa: encarar parto como encaramos o sexo nos obrigaria a uma reverência especial, para a qual nunca fomos habituados. Olhar a cena de parto, escutar seus sons e seus gestos como movimentos plenos de sentido erótico nos parece desconfortante, e nos levaria a questionar nossa própria sexualidade. Isso nos provoca pânico. É impossível adentrar este novo universo aberto pela dimensão sexual do parto sem colocar em cheque toda a estrutura autoritária que governa o nascimento humano. Seria impossível introduzir uma mudança conceptual de tal magnitude sem causar uma grave conturbação, pois que ela questionaria a própria estrutura patriarcal da sociedade. Parto orgásmico é uma discussão e um desafio. Encarar a sexualidade feminina de uma forma mais ampla e complexa é uma forma de questionar a própria estrutura da sociedade em que estamos inseridos. Para isso é necessário coragem, determinação e amor pelo feminino. Combater o preconceito de frente é algo para os valorosos de espírito, e para aqueles que encaram a liberdade como meta última.

Ricardo Herbert Jones
Obstetra e homeopata, integrante das redes ReHuNa (Rede pela
Humanização do Parto e Nascimento - Brasil), HumPar (Rede pela
Humanização do Parto - Portugal) e IMBCI (International Motherbaby Childbirth Organization)

VAI PERDER ESSA OPORTUNIDADE?


domingo, 1 de maio de 2011

Mitos & Fatos


São poucos os fatos da vida envoltos em tanto mistério, medos e tabus quanto o parto. Talvez nem o sexo tenha sido tão mistificado, alguém aqui já ouviu falar de quem tenha medo de morrer de sexo? Ou de ter falta de líquido, cordão enrolado, bacia estreita para o sexo?
Quem já esteve grávida fartou-se de ouvir de amigos, parentes, conhecidos e até de desconhecidos sobre os grandes perigos do parto. Todo mundo tem uma história trágica a contar. São tantas histórias dramáticas que não consigo entender como é que as nossas cidades não estão povoadas de pessoas lesadas, paralisadas, ressecadas e enroladas em cordões assassinos! Sem contar nas mulheres alargadas e com incontinência urinária no último grau.
Qual é a grávida que não foi parada pela manicure, pela cobradora do ônibus, pela cunhada da prima da vizinha para ouvir uma história tenebrosa sobre o bebê que bebeu água do parto, que chorou na barriga, que fez cocô no líquido amniótico, que secou de tanto que passou da hora, que tinha 30 voltas de cordão no pescoço, que teve um parto seco, que teve um fórceps tão forte que lhe afundou o crânio de lado a lado?
Se você está grávida e se a sua barriga já aparece, certamente você já ouviu uma história dessas e não gostou nada dos pulos que seu coração deu. Pensando em ajudar as mulheres que se encontram nessa situação, aqui vão algumas dicas para ajudar a desmistificar os "grandes perigos" que as cercam quanto mais o parto se aproxima. 

MITOEXPLICAÇÃOFATOS
Falta de Dilatação Muitas mulheres hoje em dia dizem que não conseguiram ter um parto porque tiveram falta de dilatação. Tecnicamente não existe falta de dilatação em mulheres normais. Ela só não acontece quando o médico não espera o tempo suficiente. A dilatação do colo do útero é um processo passivo que só acontece com as contrações uterinas.
Bacia Estreita Uma mulher com bacia estreita não teria espaço para a passagem do bebê Existem situações não muito comuns em que um bebê é grande demais para a bacia da mulher, ou então está numa posição que não permite seu encaixe. Não mais que 5% dos partos estariam sujeitos a essa condição. Além disso, tecnicamente é impossível saber se o bebê não vai passar enquanto o trabalho de parto não acontecer, a dilatação chegar ao máximo e o bebê não se encaixar.
Parto Seco Um parto depois que a bolsa rompeu seria uma tortura de tão doloroso. A verdade é que depois que a bolsa rompe o líquido amniótico continua a ser produzido, e a cabeça do bebê faz um efeito de "fechar" a saída, de modo que o líquido continua se acumulando no útero. Além disso o colo do útero produz muco continuamente que serve como um lubrificante natural para o parto.
Parto Demorado Um bebê estaria correndo riscos porque o parto foi/está sendo demorado. Na verdade o parto nunca é rápido demais ou demorado demais enquanto mãe e bebê estiverem bem, com boas condições vitais, o que é verificado durante o trabalho de parto. Um parto pode demorar 1 hora como pode demorar 3 dias, o mais importante é um bom atendimento por parte da equipe de saúde. O que dá à equipe as pistas sobre o bebê são os batimentos cardíacos. Enquanto eles estiverem num padrão tranquilizador, então o parto está no tempo certo para aquela mulher.
Bebê passou da hora O bebê teria como uma "data de validade" após a qual ele ficaria doente Os bebês costumam nascer com idades gestacionais entre 37 e 42 semanas. Mesmo depois das 42 semanas, se forem feitos todos os exames que comprovem o bem estar fetal, não há motivos para preocupação. O importante é o bom pré-natal. Caso os exames apontem para uma diminuição da vitalidade, a indução do parto pode ser uma ótima alternativa.
Cordão Enrolado A explicação é de que o bebê iria se enforcar no cordão umbilical O cordão umbilical é preenchido por uma gelatina elástica, que dá a ele a capacidade de se adaptar a diferentes formas. O oxigênio vem para o bebê através do cordão direto para a corrente sanguínea. Assim, o bebê não pode sufocar.
Não entrou/não teve  trabalho de parto A idéia aqui é de que a mulher em questão tem uma falha que a impede de entrar em trabalho de parto A verdade é que toda mulher entra em trabalho de parto, mais cedo ou mais tarde. Ela só não vai entrar em trabalho de parto se a operarem antes disso.
Não tem dilatação no final da gravidez A explicação é que o médico fez exame de toque com 38/39 semanas e diz que a mulher não vai ter parto porque não tem dilatação nenhuma no final da gravidez. Tecnicamente uma mulher pode chegar a 42 semanas sem qualquer sinal, sem dilatação, sem contrações fortes, sem perder o tampão e de uma hora para outra entrar em trabalho de parto e dilatar tudo o que é necessário. É impossível predizer como vai ser o parto por exames de toque durante a gravidez.
Placenta envelhecidaA placenta ficaria tão envelhecida que não funcionaria mais e colocaria em risco a vida do bebêO exame de ultra-som não consegue avaliar exatamente a qualidade da placenta. A qualidade da placenta isoladamente não tem qualquer significado. Ela só tem significado em conjunto com outros diagnósticos, como a ausência de crescimento do bebê, por exemplo. A maioria das mulheres têm um "envelhecimento" normal e saudável de sua placenta no final da gravidez. Só será considerado anormal uma placenta com envelhecimento precoce, por exemplo, com 30 semanas de gravidez.
Curiosamente, a amamentação também tem uma maravilhosa lista de mitos e lendas, sempre no sentido de diminuir a confiança da mãe em sua capacidade. Se você conhece algum mito interessante do parto ou da amamentação que queira nos contar, nós poderemos incluir neste quadro! Aproveite agora para cuidar de você e do seu bebê. Não deixe que os pessimistas de plantão estraguem esse maravilhoso momento da vida de vocês.

Ana Cristina Duarte
Doula, Educadora Perinatal, Graduanda em Obstetrícia pela USP Leste
Mãe de Júlia (Cesárea Desnecessária) e Henrique (Parto Normal Hospitalar)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mães e Filhas...Filhas e Mães - NSC dia 04/05 - Homenagem a nossas mães!



Dia desses você esteve num umbral...deixando de ser filha, para se tornar mãe! colocando na mala dessa viagem: responsabilidades, amadurecimento, transformação...e tirando dessa bagagem que te trouxe até aqui: o ponto final da sua existência, a lua crescente para cheia (que consequentemente também transformou sua mãe de cheia a minguante)...o barco desancorando novamente para buscar novos horizontes.E assim damos sequencia a vida.Somos mães, e filhas.E queremos comemorar isso!
Dia 08/05 é dia das mães e queremos convidá-las a participar do Nascer Sorrindo dia 04/05, partilhando seus momentos de mãe, seus partos com nosso grupo.

Mamães, queremos ser filhas esse dia ( com direito a um colinho!!).Venham com a gente! AHá!

Hoje nasceu a Isadora!



Hoje a Isa veio ao mundo.Tão esperada e tão abençoada.Chiara se provou, tentou, relutou. Entrou em TP e teve certeza que sua filha estava pronta para vir ao mundo. Acontecimentos, então uma cesárea. Isa nasceu bem (dentro do possível), e saudável.
Abaixo uma carta que a Chiara nos enviou quarta feira dia 27/04. Linda, foi muito bom estar ao teu lado!
"Quero deixar aqui em algumas palavras o que estou realmente sentindo hoje, talvez entrando em trabalho de parto!!!
No grupo Nascer Sorrindo tive a oportunidade, durante meu processo gestacional, de resgatar o desejo de buscar informações sobre como minimizar o trauma do nascimento para minha filha e como sentir-me fortalecida e empoderada para dar conta do momento do parto normal. Este resgate e novos aprendizados se deram por trocas de experiência, por escutar pessoas que já passaram por esse processo e se dispuseram a partilhar. Ao mesmo tempo que foi delicioso poder integrar esse grupo, foi também dolorido. Porque? Quando nos informamos e nos damos conta de como pode ser um parto mais humanizado, feito com mais calma e delicadeza por parte dos envolvidos e nos deparamos com a realidade de  Caxias do Sul, isso gera uma angústia tremenda. Não existe ainda uma estrutura hospitalar ou de casas de parto que seja segura para se ganhar um bebê nestas condições.  Aqui em nossa cidade, a maioria dos partos são cirúrgicos e muitos profissionais da saúde ainda tem pouca escuta para mulheres que queiram estar mais ativas e participantes tanto na preparação para seu parto,  quanto no que diz respeito a clareza nas reais necessidades dos "procedimentos de rotina". A ciência deveria estar à serviço da saúde do bebê e da mulher e não do engessamento do processo de gestação e parto. Mas existem profissionais que estão disponíveis para repensar e oferecer uma escuta de qualidade às gestantes e seus desejos, e dentro do que é possível acolher esses desejos, de mães que querem apenas um nascimento mais suave e tranquilo para poder receber seus bebês com todo o amor."

Chiara Lorenzzetti Herrera



O Benjamin nasceu...Pascoalino!


Dia 24 de abril, domingo de Páscoa as 03:28 da manhã nasceu o Benjamin...em casa, na banheira trazendo junto de si, uma certeza...a beleza das coisas que acontecem com o amor e a paciencia. Silvana, rasgando seus medos, trazendo a tona seus conflitos internos, que se se transformaram em força e determinação. Suave e forte.Esse momento em que conhecemos esse estranho que nos habita é tão forte e tão ambíguo...uma única certeza...um vazio na barriga, e o poder tomando lugar dentro da gente....Salve lindo Benjamin, taurino puro, filho da felicidade (esse é o significado de seu nome!)...Bem vindo a Terra!

sábado, 9 de abril de 2011

Era uma vez : Fraldas...Penicos

Detalhes sobre o parto de Mariana, filha de Ana Maria Braga, que deu a luz a Joana dia 03/02/2011, em sua casa, juntamente com as fotos já pipocam por ai.Adorei a maneira como ela colocou que a mulher tem que estar preparada e focada nesse tipo de parto. Mas confesso que o que mais me chamou a atenção foi o assunto fraldas. As mamas do nosso grupo estão optando direto pelo uso das fraldas de pano. Trabalhoso sim, mas muito mais responsáveis. Porém ao detectar assaduras, Mariana adotou uma sistema, que nunca tinha ouvida falar: "elimination communication" ou "evacuation communication". Interessante! Isso nos mostra claramente quão inteligentes nascemos e como os bebês são subestimados. Ressaltando também a comunicação entre a mãe e o bebê que já acontece antes do nascimento.

Técnica ensina bebês de colo a "irem ao banheiro"
 

MARY PERSIA
Editora de Equilíbrio da Folha Online

Com seis semanas, Flora já começava a fazer o que algumas crianças perto do segundo ano de vida não conseguem. Sentada no troninho, fazia o "número dois" sob o olhar atento da mãe e dos irmãos. Hoje, aos seis meses, fraldas são coisa de seu breve passado.
A menina, que mora em Shoreline, Washington (EUA), foi treinada pela mãe, Nadine Martinez, 27, para a EC (sigla de "elimination communication", ou comunicação para evacuar). A técnica ensina crianças que sequer balbuciam suas primeiras sílabas a dar dicas de quando querem fazer cocô e xixi.
A EC é baseada na habilidade natural da criança de "avisar" quando precisa fazer suas necessidades. A técnica consiste em prestar atenção aos sinais e estabelecer um marcador (um chiado, por exemplo) que o bebê relacione ao ato de evacuar. A partir daí, segundo especialistas, a criança passa a entender que o marcador é um sinal verde para usar o banheiro.

Joseph, 3, Flora, então com 2 meses, e Madison, 7, filhos de Nadine; foto marca 1ª vez em que irmã pôs bebê no penico com sucesso
Joseph, 3, Flora, então com 2 meses, e Madison, 7, filhos de Nadine; foto marca 1ª vez em que irmã pôs bebê no penico com sucesso.Arquivo pessoal

Quando Flora nasceu, Nadine decidiu usar fraldas de pano --que voltaram a ganhar espaço nos Estados Unidos e Europa recentemente. Mas, cansada do trabalho de lavá-las, procurou uma alternativa e passou a treiná-la para a EC, sob orientação da Diaper Free Baby, entidade com base em Massachusetts (EUA).
"Já tinha ouvido falar disso, mas a idéia parecia ridícula. Só depois de ir a um encontro da ONG é que entendi o conceito", diz a mãe.
Com seis semanas, Flora já usava o penico, mas incidentes ocorriam com freqüência. Um mês depois, as fezes já não "escapavam" e quase todas as urinações estavam sob controle.
"No começo, tirei as fraldas e mantive uma manta sob o bumbum. Eu ficava alerta para os sinais de que ela queria evacuar, e percebi que ela fazia um ruído e se contorcia, além de empurrar as pernas para cima", relata. "Passei então a erguê-la sobre um penico e fazer um barulho, um 'psss'."
Segundo a mãe, Flora pareceu entender o que deveria fazer quando ouvia o chiado --mesmo quando era alarme falso. "Se eu me enganasse e a colocasse no penico sem necessidade, ela fazia sons e tentava evacuar. Ficava maravilhada quando via aquilo."
Segundo os defensores da idéia, não é necessário dedicar-se à EC em tempo integral. Mesmo treinamentos ocasionais podem ser eficazes. "Tenho três filhos, e tanto eu quanto meu marido trabalhamos fora", ressalta Nadine.
Técnica ancestral
Ingrid Bauer, autora do livro "Diaper Free - The Gentle Wisdom of Natural Infant Hygiene" ("Sem Fraldas - A Sabedoria da Higiene Infantil Natural"), afirma que, quando o treinamento começa antes dos seis meses de vida, os resultados aparecem mais facilmente. Segundo ela, a técnica é ancestral e bastante usada na Ásia, África e em algumas regiões da América do Sul.
Linda Sonna, outra especialista em IPT ("infant potty training", treino para usar o penico, conceito vinculado à EC), afirma que o uso massivo e contínuo de fraldas não passa de um mau hábito estabelecido pela indústria de produtos infantis. "Adiar [o uso do penico] tem sido muito bom para as empresas. A verdade sobre essa habilidade dos bebês deve ser um dos segredos mais bem-guardados dos Estados Unidos", defende a psicóloga.
Assim como a amamentação --no passado considerada algo natural, décadas atrás preterida e atualmente de volta às rodas de discussões maternas--, a técnica representa uma volta ao passado. Laurie Boucke, que já lançou livros e DVDs sobre o assunto, afirma que, antigamente, os bebês eram enfaixados com tecidos que também tinham a função de conter suas fezes. No século 19, "quando higiene se tornou uma virtude", as crianças passaram a ser erguidas sobre o penico até aprenderem a utilizá-lo.
Mas há controvérsias quanto à eficácia e aos benefícios dessa prática. Segundo a Academia Americana de Pediatria, crianças com menos de um ano não têm controle dos músculos da bexiga e dos intestinos. Psicólogos contrários à idéia também afirmam que se trata de mais uma tentativa de "adultizar" os bebês. Ainda não foi relatado, porém, nenhum caso de dano físico ou emocional relacionado à prática da EC.
"Não podemos imaginar nossa vida sem isso", diz Nadine. "No futuro, começaremos a praticar a partir do nascimento."

terça-feira, 29 de março de 2011

Parir é uma obra de arte



Quando vi essas pinturas me apaixonei de cara!
São da pintora canadense Amanda Greavette, em seu "The Birth Project".
A tradução da dor, da exaustão, da introspecção, são perfeitas.
E há poesias em todas elas...Favos de mel..."tree litlle birds"...dar a luz em um campo aberto, o aconchego das cobertas como filhote. A arte que em algum lugar foi esquecida: Parir com LIBERDADE.
Inspirem-se!

















Nascer Sorrindo IV 2011


Dia 04/04 - Segunda feira - 19h. Espaço da Ivete mapa abaixo


Se tiver duvida, precisar de carona, ligue que podemos combinar!