quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Blitz de Maternidade - Hospital Geral



Queridas(os)!
Vergonhosamente retorno com muito atraso. Deixei o blog um pouco para trás nesses ultimos meses. Mas prometo que pelo menos uma vez por semana vai rolar algo novo por aqui nesse ano.Tantas coisas legais aconteceram que vou contando aos poucos. O nascimento da Janaina em um Parto Domiciliar lindo! Nossas reuniões na Camara de Vereadores e a proposta da criação de uma Casa de Parto em Caxias. A Comemoração do 1º ano do NSC e nosso Bazar De Mães Dadas.Vou contando aos pouquinhos, ok? A partir de agora vou começar a postar sobre todas maternidades de nossa cidade.Eu e a Paula (minha querida parceira de aventuras doulísticas) vamos começar a fazer uma "batida" nos COs de nossa Caxias e ver como andam as coisas.Nossa primeira visita foi no HG, onde ganhei meu filho do meio, o Italo a quase 8 anos atrás.Não mudou muita coisa.Uma semana antes fomos conhecer um serviço bem legal que eles oferecem: SOS Amamentação.É um 0800 (0800 642 4141), onde voce pode tirar dúvidas, não somente sobre a amamentação, mas sobre questões do puerpério ou até de como cuidar do coto umbilical.A Técnica responsável é a Mari e foi muito atenciosa, explicou sobre as reuniões que acontecem nas terças e quintas com todas as recém-mães. Por ser um Hospital Amigo da Criança, todos funcionários devem ser capacitados em cursos oferecidos pelo próprio hospital para falar sobre Aleitamento Materno. Lá também é proibido o uso de chupetas e mamadeiras. Bebês que não estão conseguindo mamar , por diversos motivos recebem leite da própria mãe, de copinho, após ser ordenhado manualmente. Existe também o Lactário, onde todo leite que a mãe produz fica armazenado. Fomos convidadas a participar de uma das reuniões que acontecem duas vezes por semana. Então fomos na terça, nossa participação foi totalmente passiva, só na observação mesmo. No HG ficam hospedadas em um quarto 5 mulheres em alojamento conjunto com seus bebês. É dentro de um quarto que essas reuniões são realizadas.Chamam as mulheres e seus bebês que estão em outros quartos, é passada uma caixinha com mais ou menos 10 perguntas já pré estabelecidas. Cada uma ganha uma pergunta, os pais presentes também participam. A mães realizam as perguntas e as enfermeiras respondem. Dentre as perguntas as clássicas: "Existe leite fraco?", "Posso comer de tudo?",etc.No final da reunião, a psicóloga busca algumas questões sobre o momento que estão vivendo, como foi o parto, como será a vida com um novo ou mais um integrante na família. Durou mais ou menos uns 40 minutos. As mulheres também recebem um folder com várias dicas sobre a amamentação. Já que estávamos por lá, pedimos pra visitar o CO. Colocamos os aventais Azul-Smurf, propés e fomos lá. Foi interessante, relembrei muita coisa. A cama onde fiquei todo meu trabalho de parto estava lá, com aquele mesmo relógio pendurado na parede mostrando como num TP cada segundo se transforma em um milênio. Sugeri que trocassem ele de lugar... Estava bem tranquilo, "nenhuminha" mulher em TP. Fiquei imaginado se alguma estivesse...certamente eu e a Paula arregassaríamos as mangas e vamos lá DOULAR! Bem, enfim fomos muito bem recebidas também.A Enfermeira do setor nos mostrou todas as "fases" do CO. Acontece assim então: a admissão da mulher que começa como uma consulta, onde é verificado se realmente está em TP. Se está, passa para a tricotomia (raspagem dos pelos), enema (lavagem intestinal) e MAP (eletrocardiotoco). Depois vai pra uma das salas de Pré Parto (tem duas). Lá eles pulsionam uma veia e colocam em uma das tres camas da sala. OBSERVAÇÃO: acompanhantes não entram!!! A equipe é composta pelo médico responsável, dois residentes, dois doutorandos, e as enfermeiras (umas tres ou quatro). A ociticina é aplicada em TODOS os casos, a não ser que a mulher chegue ganhando!! Enfim, quando aconteceu a dilatação completa ela vai para a sala de parto. Lá duas camas de parto tradicionais. A episiotomia é feita em TODOS os casos também, a não ser que a mulher ganhe na sala de Pré Parto, repentinamente! O bebê é levado para a Sala ao lado, onde são feitas medições, vacinas, e toda parafernália de procedimentos. Alguns pediatras plantonistas já estão tendo a consciencia de colocar o bebê direto no peito da mãe ao nascer. Isso nos dá alguma esperança. Depois elas vão para a sala de recuperação, o bebê fica normalmente junto com a mãe, até um quarto ser liberado. A permanência no hospital, mesmo para quem pariu normal é de 48 horas. As crianças que forem registradas dentro dessas 48 horas recebem um kit de roupas e fraldas, oriundas das doações e campanhas. É isso, muitas intenções são boas, mas ainda estamos muito longe do ideal.Espero logo poder colocar mais um parecer sobre outra maternidade de Caxias.Inté!

4 comentários:

  1. Raca! Parabéns pelo trabalho! É muito legal acompanhar o que vem acontecendo nestes hospitais, pra quando chegar a "minha hora". Bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu Fãr...saudade de ti menina!!E tu e o Le se cocem pra encomendar esse bebê!!hehe bjos!!

      Excluir
  2. Rachel, muito legal estas visitas! O HG não é o ideal, não. Ganham no setor 'amamentar' e perdem no 'parto normal', que de normal não é nada...sei de muitas coisas que acontecem por lá....mas vamos lutar para que isto mude!
    beijos
    Regina

    ResponderExcluir
  3. Rachel
    Bem legal essa iniciativa de vocês, olha não posso comentar sobre a questão da maternidade até porque não a utilizei, mas posso deixar aqui um relato da minha experiência sobre o SOS amamentação do Hospital Amigo da Criança.
    O brasileiro, talvez por uma questão de cultura enfatiza os acontecimentos e situações negativas que ocorrem no dia dia da sociedade, esquecendo e não dando a devida importância as conquistas e projetos importantes que possuímos. Tive meu bebê em um hospital particular o qual não me forneceu a devida importância na questão amamentação, além de alimentar a Valenthina na mamadeira, o que todos sabemos é extremamente prejudicial, pois pode confundir o bebê na hora da amamentação no peito, e foi exatamente isso que ocorreu comigo, o meu bebê não pegava o peito e eu além de ser o cúmulo da inexperiência ficava extremamente estressada com essa situação já que depois de muitas tentativas acabei machucando o peito, que até hoje 47 dias após seu nascimento ainda está machucado, mas isso não vem ao caso, fiquei sabendo desse SOS, por ironia, nesse hospital particular que me orientou a procurar o HG o qual possuía um projeto especifico para amamentação e eles saberiam como me auxiliar. Chegando lá fui atendida pela enfermeira Grazi e Mari que me deram uma atenção super especial. A Mari com uma paciência fenomenal foi quem ficou comigo me auxiliando e explicando como eu devia proceder, oque fazer etc, sem contar o carinho com que elas nos tratavam, entendendo e compartilhando aquele momento. Não podendo deixar de mencionar a Dra Maira, coordenadora do projeto, que prontamente me atendeu me auxiliando com a Valenthina e que possui um carinho super especial para com o IHAC. Infelizmente esse projeto não é muito comentado e poucas pessoas sabem de sua existência e que foi criado graças a uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) em conjunto com o Fundo das Nações Unidas (UNICEF), que promovem a adoção de práticas facilitadoras da amamentação nas maternidades. A iniciativa foi idealizada em 1990 com o objetivo de mobilizar os funcionários dos estabelecimentos de saúde para que mudem condutas e rotinas responsáveis pelos elevados índices de desmame precoce. Enfim, acabei falando um pouco demais, mas acho interessante compartilhar essa experiência, o qual tive a sorte de conhecer pessoas maravilhosas e o mais interessante através de um serviço público disponibilizado a todos!
    Super beijo

    ResponderExcluir